sexta-feira, 22 de abril de 2016

PNJA e parceiros realizam debate sobre prioridades educacionais no Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), em Pernambuco



No último dia 14, o Parlamento Nacional da Juventude pela Água (PNJA/ABRH), a Associação Águas do Nordeste (ANE) e o Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação e Sustentabilidade (GEPES/UFRPE) realizaram o encontro “Educação na gestão e política de águas: prioridades educacionais para o PNRH 2016-2020”. O debate ocorreu na sede da ANE, em Recife, e contou com a participação de representantes do Conselho Estadual de Recursos Hídricos, do Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Capibaribe, do segmento acadêmico, além de representantes das referidas instituições organizadoras.

Início das atividades com a coordenação do Parlamento Nacional da Juventude pela Água  


Um dos principais objetivos de debate foi provocar a reflexão dos participantes a respeito do teor educacional das prioridades trazidas na política de águas, considerando as novas prioridades propostas para o PNRH, assim como aquelas elencadas no PNRH 2012-2015. Outra referência abordada foi o Plano Nacional de Juventude e Meio Ambiente (PNJMA), instituído em novembro de 2015 pela Portaria Interministerial nº 390/2015 que vislumbra, dentre os principais objetivos, “ampliar a participação dos jovens na gestão de recursos hídricos” (Art. 4º, inciso III).


Apreciação das prioridades educacionais pelo coletivo participante do encontro.
A partir das discussões, o coletivo participante enfatizou quatro prioridades educacionais, em meios às quatorze prioridades gerais apresentadas na consulta pública em curso. Da mesma forma, foram coletivamente formuladas duas novas prioridades a serem propostas para a definição do PNRH 2016-2020:

(1) Considerar as pluralidades culturais e formas de organização social dos povos brasileiros em todas as ações que envolvam a gestão das águas, observando a legislação pertinente a exemplo da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT).

(2) Oferecer aos formadores condições para a inserção permanente da educação ambiental formal e não-formal, observando a natureza interdisciplinar e ecossistêmica da temática da água, isto é, para além da visão da água como recurso passível de uso e exploração.

As prioridades debatidas e propostas no encontro foram sistematizadas em um documento, disponível para conhecimento e divulgação, a fim de possibilitar subsídios à formação da opinião pública sobre as questões educacionais no âmbito da política e da gestão de águas. Link do documento:https://drive.google.com/file/d/0B7MWO59jEzRYRXF4SExsZ0hTQWM/view?usp=sharing.

A consulta pública de revisão do PNRH segue aberta até o dia 01 de maio do corrente ano, pelo site: http://www.participa.br/recursoshidricos.Qualquer cidadão/ã brasileiro/a pode participar, opinando sobre as prioridades mais relevantes para a gestão das águas no seu município e no seu estado de origem, assim como apresentando novas prioridades.

A consulta pública também é uma oportunidade para que os/as jovens brasileiros/as exerçam o seu direito à participação e ao meio ambiente, defendidos no Estatuto da Juventude (Lei Federal nº 12.852/2013). Ainda não fez a sua experiência? Acesse já e dê sua opinião: a opinião das juventudes precisa ser registrada!!!
 

quinta-feira, 7 de abril de 2016

"Água como direito das juventudes" foi tema de debate promovido pelo PNJA com jovens acadêmicos da UFPE

A participação juvenil na gestão das águas se realiza com a consciência dos nossos direitos e deveres

No último dia 31 de março, cerca de 40 jovens da graduação e da pós-graduação vivenciaram a mesa-redonda "Água como direito das juventudes" durante o III Encontro de Diálogos do Lapiga, promovido pelo Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (Prodema/UFPE) e pelo Parlamento Nacional da Juventude pela Água, coletivo jovem vinculado a Associação Brasileira de Recursos Hídricos (ABRH). Uma das razões do tema partiu da necessidade mobilizar os jovens para o cuidado com as águas, como estimulá-los a participar da consulta pública de revisão das prioridades do Plano Nacional de Recursos Hídricos 2016-2020.

Jovens participantes do III Encontro de Diálogos do Lapiga.
O evento foi aberto com a leitura da Carta do Movimento Nacional da Juventude pela Água, pela engenheira civil e Parlamentar Jovem pela Água, Sarah Cabral. Em seguida, foi realizada uma palestra por Wagner Aguiar, mestrando do Prodema e Parlamentar Jovem pela Água, que abordou a água como direito humano e destacou o direito de participação das juventudes nos espaços de gestão colegiada dos recursos hídricos, salientando o papel dos órgãos governamentais na garantia do direito do jovem à sustentabilidade e ao meio ambiente, conforme o Estatuto da Juventude. 

Jovem Parlamentar pela Água, Sarah Cabral, lendo a carta de lançamento do Movimento Nacional da Juventude pela Água.

Jovem Parlamentar pela Água, Wagner Aguiar, fazendo exposição sobre o tema da mesa.

A mesa teve como segundo debatedor o professor Ricardo Braga, integrante do Grupo de Recursos Hídricos da UFPE e presidente da Associação Águas do Nordeste (ANE). O professor Braga abordou o panorama da gestão dos recursos hídricos em Pernambuco, enfatizando os desafios inerentes aos conflitos pelo acesso à água e ao alcance da sustentabilidade hidroambiental. O público jovem participou através de questionamentos e comentários lançados à mesa coordenada pela professora Vanice Selva, coordenadora do Lapiga. O evento finalizou com a exposição do clipe "Minas em Mar", que tematiza a tragédia vivenciada em Mariana.

Composição da mesa-redonda, com a presença do Prof. Ricardo Braga, presidente da ANE

Dia Mundial da Água é vivenciado em Pernambuco com debates sobre água, lixo e saúde pública

Água, lixo e saúde pública: as doenças provocadas pelo Aedes aegypti e as repercussões sobre as juventudes

O Dia Mundial da Água foi vivenciado pelo PNJA, no dia 22 de março de 2016, durante a mobilização de moradores do bairro do Sítio dos Pintos, na zona norte do Recife, para participar de uma assembleia popular sobre lixo e limpeza pública. A atividade foi promovida pelo Grupo de Mulheres do Sítio dos Pintos, em parceria com a Associação Águas do Nordeste e o apoio da Escola Municipal Mundo Esperança.

Público da assembleia popular, com destaque para o líder comunitário Betinho José (terceira pessoa de pé, da esquerda para a direita), para a representante do Distrito Sanitário, Dra. Cristiane Pernaforte (segunda pessoa de pé, da direita para esquerda) e o presidente da Associação Águas do Nordeste, Prof. Ricardo Braga (no centro, sentado).
Assim como muitos bairros da periferia de uma metrópole brasileira, Sítio dos Pintos tem na sua história um desafio visível na destinação adequada do lixo gerado pelos aproximados sete mil moradores ali residentes. Diante dos elevados índices de arboviroses (assim chamadas as doenças transmitidas pelo mosquito A. aegypti), a preocupação da comunidade tem aumentado, sobretudo pelo fato de ser vizinha a Dois Irmãos, um dos bairros do Recife com maior propensão à ocorrência de dengue, chikungunya e zika, segundo a lista divulgada em dezembro do ano passado no boletim epidemiológico da Secretaria Executiva de Saúde do Recife. 

Frente a essa preocupação, a ação do PNJA foi contribuir para o mapeamento dos principais pontos de acúmulo de lixo da comunidade, bem como para a discussão de possíveis soluções e encaminhamentos, ressaltando o envolvimento dos jovens da comunidade e a importância do comprometimento dos órgãos públicos.

Jovem Parlamentar pela Água, Wagner Aguiar, apresentando os pontos de acúmulo  mapeados no bairro.

Jovem Parlamentar pela Água, Sarah Cabral, apresentado proposições às lideranças locais

Uma das preocupações também relacionadas às arboviroses têm sido os casos de microcefalia, que a cada dia têm colocado o estado de Pernambuco numa posição de destaque nacional. Em relação às juventudes, umas das necessidades são as repercussões sobre as mães cujos bebês tenham nascido com sintomas visíveis. Segundo a matéria "Jovem abandonada por pai de bebê com microcefalia", divulgada recentemente no blog "Último segundo", grande parte das mães são jovens desamparadas e em claro estado de vulnerabilidade social, sendo esta uma realidade evidente no Nordeste brasileiro. 

Diante dos crescentes índices de gravidez na adolescência, é fundamental que as instituições públicas e a sociedade civil percebam a condição dos/as jovens frente a uma questão emergencial de saúde pública, e busquem formas efetivas de protegê-lo/as. Por mais que sejam noticiadas informações com dicas preventivas, é necessário enxergar que o descuido com as nossas águas e com o  lixo que sai das nossas residências são fontes de riscos que atingem a todos nós, mas que pode atingir a determinados grupos sociais de forma mais grave. 

CUIDAR DA ÁGUA É TAMBÉM CUIDAR DA SAÚDE DAS NOSSAS JUVENTUDES. MOBILIZE-SE!!!